O mundo da dança está enlutado: faleceu, na noite desta segunda-feira (01/11), Hulda Bittencourt. Notável bailarina, coreógrafa e fundadora da renomada Cisne Negro Companhia de Dança, a artista foi vítima de complicações de complicações de um Acidente Vascular cerebral (AVC) aos 87 anos. “Seu extraordinário legado está marcado na história da dança no Brasil. Sua presença marcante nos fins de ano com o espetáculo ‘O Quebra Nozes’ (que em 2021 fará 44 anos e será remontado e dançado pela cia) será notável”, comenta a bailarina, coreógrafa e professora do Instituto Fábrica de Vencedor Érica Duarte.

Segundo Érica, Hulda foi uma das precursoras do método RAD no Brasil que, fundado em Londres em 1920, na Royal Academy of Dance (RAD), simbolizava a união do ballet internacional (do russo ao inglês) em uma uma única escola. “Obrigada, Hulda Bittencourt, por toda a sua trajetória construída na dança”, finaliza.  Em sua página no facebook, a Cisne Negro também lamentou a despedida da artista. “A cultura brasileira perde uma de suas grandes apoiadoras,  que sempre levou o orgulho de nossas raízes a cada lugar por onde passou, sempre com muita alegria e personalidade, diz trecho do texto.

Hulda Bittencourt nasceu em Santa Cruz do Rio Pardo/SP. Foi aluna de nomes como Maria Olenewa – russa e pioneira do balé clássico radicada no Brasil – e a tcheca Vera Kumpera, referência na dança contemporânea. Participou também de óperas, operetas e musicais. Entre seus inúmeros trabalhos coreográficos destaca-se o citado “O Quebra-Nozes, que recebeu, em 1984, da APCA, o prêmio de melhor espetáculo e melhor coreografia do ano. Em 1958, fundou com seu marido, Edmundo Rodrigues Bittencourt, o Estúdio de Ballet Cisne Negro.

Texto por Matheus Vieira, jornalista, MTB 67923/SP

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

5 × 5 =